A Unidade Local de Saúde de Santa Maria é o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saúde a utilizar uma técnica inovadora para tratamento não invasivo de arritmias complexas – a ablação de taquicardia ventricular por radioterapia estereotáxica. Este procedimento, só muito recentemente introduzido a nível mundial, foi realizado nesta sexta-feira no Hospital de Santa Maria por uma equipa multidisciplinar que envolveu os serviços de Cardiologia, Radioterapia e Imagiologia da ULSSM e tem como grandes vantagens a rapidez da intervenção, que é não invasiva e feita em ambulatório, com alta do doente no próprio dia.
“Este tratamento consiste na utilização localizada de uma feixe com alta dose de radiação e demora cerca de 10 minutos, sem complicações imediatas, saindo o doente do hospital pelo seu pé algumas horas depois; enquanto a ablação de taquicardia ventricular tradicional demora entre 4 a 6 horas, implica anestesia geral, múltiplos acessos vasculares e permanência em cuidados intensivos no pós-operatório, durante dois a três dias, além de se associar a um taxa de complicações agudas graves de 3-10%”, exemplifica Nuno Cortez-Dias, subcoordenador de Eletrofisiologia da Unidade de Aritmologia da ULS Santa Maria.
Os especialistas destacam a segurança e o baixo nível de toxicidade desta técnica experimental, intervenção de recurso para doentes que já esgotaram outras opções terapêuticas. O procedimento desta sexta-feira foi preparado desde o final de 2023 em articulação com a equipa do Prof. Raphael Martins, do Hospital Universitário de Rennes, em França, e resulta de um trabalho multidisciplinar que envolveu cardiologistas, radio-oncologistas, físicos médicos, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, enfermeiros, sem esquecer o importante papel da Imagiologia.
“O Serviço de Radioterapia da ULS Santa Maria tem diferenciação técnica, de equipamentos e já uma vasta experiência na utilização da radioterapia estereotáxica noutros órgãos, nomeadamente no pulmão. Passamos assim a oferecer mais uma arma terapêutica aos doentes, que resulta da comunicação entre serviços da nossa unidade com muito conhecimento acumulado nas suas áreas”, salienta Filomena Pina, diretora do Serviço de Radioterapia da ULSSM.
A taquicardia ventricular produz uma frequência cardíaca superior a 100 batimentos, por vezes acima mesmo de 200, com origem em curto-circuitos nas paredes ventriculares. É uma causa importante de paragem cardíaca e associa-se a elevadas taxas de mortalidade. Só em 2023, a Unidade de Aritmologia da ULS Santa Maria, uma das maiores do País, tratou mais de meia centena (55) de novos doentes referenciados de Norte a Sul de Portugal.
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