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O Departamento de Pediatria da Unidade Local de Saúde de Santa Maria (ULSSM) vai ter um plano específico de requalificação a ser executado nos próximos três anos. A notícia foi avançada nesta quinta-feira, 29 de Fevereiro, pelo Presidente do Conselho de Administração da ULSSM, Carlos das Neves Martins, na abertura da 29ª edição das Jornadas de Pediatria de Santa Maria, onde elogiou um serviço virado para o futuro e que prossegue um historial de excelência com 70 anos.
“A inauguração da nova maternidade do Hospital de Santa Maria, nos próximos meses, é o ponto de partida para a requalificação da Pediatria, um projeto que avançará em gestão participada com as equipas do Departamento“, anunciou Carlos das Neves Martins. “Teremos novas estruturas na Pediatria durante o próximo triénio, à altura da história do nosso hospital universitário, mas também virada para o futuro”.
O presidente da ULSSM reconheceu a responsabilidade de responder ao crescimento da Pediatria nos últimos anos além da sua capacidade instalada, fruto da dinâmica assistencial das suas equipas e da “sua procura constante pela diferenciação e excelência”. Um verdadeiro hospital pediátrico dentro do Hospital de Santa Maria, que beneficia de um ecossistema único no seio do Centro Académico de Medicina de Lisboa, que engloba também a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes.
O Departamento de Pediatria da ULSSM realiza 50 mil consultas e recebe 50 mil episódios de urgência por ano, numa resposta a mais de meio milhão de pessoas em toda a região sul do país. Dados destacados na abertura das jornadas pela diretora do Departamento de Pediatria da ULS de Santa Maria, Ana Isabel Lopes.
O maior evento ligado a um serviço hospitalar nacional, a 29ª edição das Jornadas de Pediatria de Santa Maria contou com oito cursos pré-encontro e dois dias de trabalho – 29 de Fevereiro e 1 de Março – com dezenas de temas que marcam a atualidade da especialidade em Portugal.
No arranque da reunião, nesta quinta-feira, analisaram-se os impactos de novos hábitos alimentares sem controlo clínico e da obsessão pela alimentação saudável – a ortorexia nervosa – no bem-estar físico e intelectual das crianças e adultos. Já nesta sexta-feira, os trabalhos iniciaram-se com uma discussão sobre a adaptação de cuidados na Pediatria e na Obstetrícia para responder às alterações nos fluxos migratórios e nas tipologias de traumas assistidos na Cirurgia Pediátrica.
