Especialistas e internos de Neurocirurgia de toda a Europa participaram esta semana na 5ª edição do curso de Cirurgia da Epilepsia, da European Society of Stereotactic and Functional Neurosurgery (ESSFN – Sociedade Europeia de Estereotaxia Funcional), que pela segunda vez se realizou no campus do Hospital de Santa Maria. Uma formação que mostra “a importância a nível internacional do Centro de Referência para a área de Epilepsias Refratárias da Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria e a elevada diferenciação técnica do Centro Académico de Medicina de Lisboa”, destaca Alexandre Rainha Campos, neurocirurgião da ULS Santa Maria e um dos organizadores do curso.
Olhos postos no microscópio, dedos firmes no seu trabalho de minúcia, Alexandre Rainha Campos toma a dianteira num dos postos de trabalho do Teatro Anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa para explicar como executar a técnica de implantação de elétrodos no nervo vago, usada para tratar a epilepsia. “Temos várias cirurgias para tratar esta doença e nem todas são no cérebro. Esta, por exemplo, destina-se a estimular o nervo vago (o nervo mais comprido do corpo humano, vai do cérebro até aos intestinos) através de um equipamento colocado na zona do pescoço e que gera estímulos que chegam ao cérebro”, explica o especialista do Serviço de Neurocirurgia da ULS Santa Maria.
O Centro de Referência de Santa Maria disponibiliza a maioria das principais técnicas nesta área, em adultos e crianças, “o que não acontece em todos os centros, mesmo a nível internacional”, e realiza cerca de 25 cirurgias para tratamento da epilepsia por ano.
Espalhados pelos seis postos de trabalho do Teatro Anatómico, os 18 inscritos tiveram oportunidade de pôr em prática várias destas técnicas ao longo dos três dias do curso, que começou na quinta-feira e termina neste sábado. “A primeira formação realizada aqui no CAML, em 2022, teve uma grande procura por parte dos formandos, o que nos levou a alargar as vagas. E logo em 2022, os participantes ficaram impressionados com as potencialidades técnicas do nosso centro”, o que aliado ao facto de o Professor António Gonçalves Ferreira ser o Presidente Honorário da ESSFN faz do campus de Santa Maria um palco altamente diferenciado para acolher este curso.
Cerca de um terço (25 a 30%) dos doentes com epilepsia sofrem de formas da doença que não são tratáveis através de medicamentos, podendo a crirugia ser o único recurso. Muitas destas técnicas são também importantes em conjunto com soluções farmacológicas, melhorando de forma exponencial a qualidade de vida dos doentes.
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