Tratamentos da Epilepsia Refratária

 

Tratamentos da Epilepsia Refratária

O tipo de tratamento da epilepsia depende do tipo de epilepsia em causa, da sua etiologia e tipo de crises epilépticas. Existem diversas alternativas.

Farmacológica

A maioria das pessoas com epilepsia consegue ficar controlada apenas com Fármacos anti-crise epiléptica (FACE), sendo considerada a abordagem de primeira linha.

 

Não Farmacológica

  • Cirúrgica
    • Ressectiva -remoção da lesão que provoca a epilepsia, e, eventualmente, do tecido cerebral anormal à sua volta. Realizada para epilepsias focais provocadas por lesão ou disfunção de áreas cerebrais específicas e bem delimitadas.
    • Desconectiva
      • Calosotomia – secção de parte ou de toda a estrutura cerebral – corpo caloso – que une os dois hemisférios cerebrais. Realizada para crises focais com generalizadas ou É um tratamento paliativo que não cura a epilepsia mas pode reduzir o número de crises ou a sua gravidade.
      • Hemisferotomia – desconexão do hemisfério cerebral onde se situa a lesão que está a provocar a epilepsia, com remoção de uma pequena parte do córtex do mesmo. Doentes com epilepsia refractária com lesão e disfunção extensa, e confinada a um dos hemisférios cerebrais.
    • Minimamente invasiva
      • Termoablação por radiofrequência no final de SEEG
      • Termoablação por Laser (LiTT)

 

  • Neuromodulação

As intervenções de neuromodulação obrigam a pessoa a visitas periódicas para vigilância do seu funcionamento e ajuste dos parâmetros de estimulação. O estimulador tem uma bateria que terá de ser substituída (através de uma incisão na pele) com uma periodicidade de 2-6 anos, consoante a utilização do mesmo e as características individuais do doente.

  • Implante de neuroestimulador vagal (ENV) – colocação de um estimulador eléctrico por baixo da pele da região do pescoço ou da axila, ligado ao nervo vago esquerdo, de maneira que, por intermédio da sua estimulação, se possa conseguir uma melhoria do controlo das crises. Constitui um método paliativo, que visa contribuir para o controlo das crises, mas não permite a sua total paragem;
  • Estimulação Cerebral Profunda (DBS) – colocação de 2 eléctrodos numa zona específica do interior do cérebro, de maneira que possa ser estimulada electricamente a partir de um estimulador colocado na região torácica, por baixo da pele. Constitui um método paliativo, que visa contribuir para o controlo das crises, mas não permite a sua total paragem.

 

  • Dietética
    • Dieta cetogénica/Dieta de Atkins modificada
    • Suplementação vitamínica